Sinopse: Quando chega a noite, meio à escuridão, ela surge linda, faminta de almas... Zephyr, gótico e devoto agente funerário no distrito de Piraputanga, passa seus dias, embalsamando cadáveres da pequena cidade em que vive, escondendo os segredos que permeiam sua vida, um deles, o corpo do pai, embalsamado, escondido no quarto - meio que encontrou para se livrar da solidão. Frequentador de cemitérios nos momentos de reflexão, ele passa a ser assombrado pela inesquecível presença de Lilith, um demônio que lutará até o fim para roubar, não somente seu coração, sobretudo, sua alma.
Ansiei pela leitura desde que recebi um marcador de página na compra de um dos meus primeiros livros da autora.
O título, por si, já chama atenção de qualquer apreciador de leitura gótica. A capa é maravilhosa, me deixou cheia de expectativas, e que foram todas satisfeitas, por sinal.
Com um começo cheio de amor e mistério, Lilith nos leva a uma cidadezinha do interior do MS, com moradores típicos, que vivem a olhar as vidas uns dos outros e com medo do que não conhecem, ao mesmo tempo que nos apresenta o obscuro em sua forma mais sedutora. A mim, impressionou a maneira como me descobri amando a vilã.
Quase como a síndrome de Estocolmo, fiquei pensando em como seria ser amada por um demônio. No começo, parece sedutor. No final, bem... Para saber o final vocês precisam ler.
O amor quase impossível apresentado no livro também impressiona. Leve, desapegado, um amor nobre, que prefere libertar do que ver o outro perecer. Importante e quase raro nos dias de hoje, principalmente entre os jovens. Falando neles, gostaria de os jovens apreciadores da boa leitura lessem Lilith.
A autora, como sempre, sabe prender nossa atenção às suas ideias.
Parabéns, Adriana Vargas
